sábado, 29 de março de 2014

Psicóloga Katia Mafra fala na Record, programa "Ver Mais" sobre relacionamentos pela internet

Alguns cuidados ao iniciar relacionamentos via internet



O Ambiente virtual é considerado por muitos um local para encontrar grandes amores. Das diversas pesquisas realizadas com casais que se conheceram pela internet, o que chama a atenção, é o alto percentual de relações matrimoniais bem sucedidas, felizes e duradouras. 
O resultado positivo deve-se talvez ao perfil de quem procura esta opção, decididos a assumir compromissos, além de ter uma vasta gama de opções, selecionando àqueles que mais combinam com seu jeito. 
Existem muitos sites de relacionamentos que inclusive atualizam suas ferramentas de busca e privacidade. Mas esta é uma parte delicada do assunto. 
Alguns cuidados são essenciais para não correr riscos e tornar este mecanismo mais seguro.

Quando as pessoas se conhecem pela internet, em sites de relacionamentos,  muitas são as questões emocionais envolvidas. Uma delas é a idealização aumentada pelo outro, cuja fantasia de mulher ou homem ideal é facilmente projetada. Desta forma a paixão tende a ser mais forte. Como consequência, a vulnerabilidade, que abre espaço para a falta de cuidados e proteção, gerando riscos.

A primeira dica remete a proteção da identidade. Nunca fale seu nome completo, endereço e telefone residencial, ou mesmo do trabalho. Quanto menos informações você passar, mais segurança terá. Neste momento converse sobre comportamento, seus gostos, suas preferências, sua forma de ser e de lidar com o mundo.
 No caminho inverso, procure colher o máximo de informações sobre o outro. Colocar o nome em mecanismos de busca ou mesmo nas redes sociais é uma boa opção para colher mais dados. Os detalhes fazem a diferença. Preste atenção na repetição. Quanto mais ele falar, mais chances de ser verdade. Quem mente geralmente fala pouco, para não induzir ao erro.

Faça muitos contatos com a pessoa que está do outro lado, utilize além do bate papo, SKYPE, MSN, webcam...quanto mais tempo passar conversando, trocando idéias, melhor. A câmera é um ótimo meio para captar a linguagem corporal, expressões faciais e gestos. Mas cuidado com a exposição íntima de sua imagem. Passado esta fase, a troca de telefone celular pode acontecer, o bate papo passa a ser em tempo integral. Os passos  graduais são primordiais nesta etapa.

Os golpistas ou predadores virtuais estão por toda parte. Alguns possuem características comuns, quando querem fazer uma vítima. Eles insistem  muito para obterem seus dados pessoais. Também insistem para que mostrem sua imagem nas câmeras de forma íntima, erótica e até pornográfica. E o golpe pode ser financeiro, quando percebem do outro lado o encantamento e consequente envolvimento, se vitimizam com histórias dramáticas, pedindo dinheiro.Tudo mentira.  É o momento de dizer adeus e denunciá-lo ao site que você o encontrou.

Após descartar a possibilidade de golpe e já estar há um bom tempo em contato com o outro, o encontro presencial será bem-vindo. Mesmo assim, deve-se procurar um lugar público, iluminado, no horário de pico. Avisar um amigo sobre este encontro é oportuno, mantendo-o informado sobre o andamento das coisas. Na volta, sem carona. No início é interessante ter mais cautela. Lembre-se: passos graduais. 

Como se comportar neste primeiro encontro?

Seja você mesma, sem máscaras, verdadeira. Jamais distorça sua imagem para agradar o outro. A idealização acaba ali, naquele instante. Caso no primeiro momento você se decepcione com o que vê ou escuta, aguarde o fluxo natural da conversa. O tempo pode modificar esta primeira impressão. Marque um novo compromisso, junto dos amigos e em local divertido a gosto de ambos. Se não rolar a famosa "química" nada impede de continuar uma boa amizade. 

Algumas impressões

Existe uma grande confusão sobre o mundo real e virtual. Muitas pessoas acham que o mundo virtual é paralelo. Errado! Ele pertence ao mundo real e como tal deve ser preservado a sua privacidade. Qualquer informação ou foto postada na rede, deixa de ser conteúdo privado para se tornar público. Essa é a principal premissa.
Pensem bem antes de postar imagens íntimas. Uma pesquisa aponta o crescimento, entre jovens, de exposição dos seus corpos voluntariamente nas redes sociais. E mais, muitos estão migrando das redes para os aplicativos de bate papo, achando-o mais seguro. Acontece que grupos são formados e compartilham fotos, com conteúdo erótico, deliberadamente sem qualquer censura. Há muitos relatos  de jovens adolescentes que sofreram intimidações após terem seus corpos em situação íntima compartilhadas, principalmente em escolas. O que acarreta um prejuízo pessoal e social afetando a estrutura psicológica desta que passa a ser vítima de uma delicada situação. 

E os pais? Estão cada vez mais ausentes e permissivos. Os jovens passam o tempo todo conectados, inclusive de madrugada, ocasionando desgaste físico e mental naquele  que acorda cedo para freqüentar a escola. Seu desempenho escolar acaba sendo afetado drasticamente. A falta de sono provoca níveis altos de estresse, resultando em prejuízo na qualidade de vida destes.
É o momento de dizer, STOP! Colocar limites. Sabemos que estes pais trabalham muitas horas, chegam cansados em casa, e o que mais querem é que seus filhos não incomodem. O computador é oportuno para essa situação.  Ele fica lá, quietinho, sem exigir atenção. E o efeito rebote? Filhos excessivamente estimulados, estressados, sem limites e o pior, empoderados. Este poder nas mãos imaturas destes jovens pode ser transformado futuramente em arma. E como tal, letal.
Papais e Mamães!  Prestem mais atenção no seu filho. Participem da sua vida, mesmo que sutilmente. Planejem um tempo para ele, mais um tempo com qualidade, onde haja diálogo, troca de idéias e experiências. Procurem se interessar pelos interesses dele, somente assim você estará monitorando suas possíveis escolhas. Tenha em mente que o limite faz parte do processo de desenvolvimento mental,  seja da criança, seja do jovem. 
Enquanto autoridade democrática, assertiva e funcional vocês estarão promovendo uma geração de filhos saudáveis emocionalmente. 

Psicóloga Katia Mafra

Este texto foi escrito após a  participação da psicóloga no programa "Ver Mais" da Record.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

23 dicas para seu filho se dar bem na escola

Quanto mais os pais participam da vida escolar, mais os jovens aprendem

03/05/2011 10:47
Texto Equipe Educar
Educar
Foto: Dreamsntime
O papel dos pais é fundamental no desenvolvimento dos filhos

O apoio dos pais e a manutenção de um bom ambiente familiar como extensão da escola são fatores indispensáveis para o desenvolvimento educacional das crianças. A família pode colaborar de várias maneiras: participando das reuniões da escola e verificando o caderno do estudante diariamente; conversando sobre o cotidiano da escola - o que foi ensinado naquele dia; que tipo de trabalhos foram feitos com os colegas - e impedindo que a criança falte às aulas.

Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Movimento Todos pela Educação, ações simples dos familiares na realidade educacional dos filhos podem fazer toda diferença. Ela indica o incentivo à comunicação por bilhetes em casa e sugere que as crianças sejam motivadas a ler para os seus pais. "Não se pode entrar na lógica de como ajudar os filhos apenas nos estudos durante o período de provas. É preciso dizer como o pai pode ajudar na melhoria da alfabetização", diz. Vale lembrar que família pode -e deve-, sim, contribuir com as questões escolares, mas cabe à instituição de ensino a sistematização do conhecimento.

Veja a seguir como colaborar para que o seu filho se dê bem na escola a partir de dicas simples e práticas, baseadas em pesquisas e na experiência dos melhores profissionais da área no Brasil e no mundo.
Para ler, clique nos itens abaixo:
1. Ajude na melhoria do rendimento escolar
Pesquisas mostram que quando os pais acompanham e se envolvem com os estudos dos filhos, as notas dos estudantes aumentam significativamente.
2. Pergunte o que ele aprendeu
É muito importante perguntar o que ele aprendeu nas aulas e mostrar que você está interessado na vida escolar do seu filho. Se puder, peça que ele lhe ensine algo novo - isso vai ajudá-lo a fixar o conteúdo.
3. Não o deixe faltar às aulas
Assistir às aulas todos os dias, do começo ao fim, é importante para entender as matérias e não perder o fio da meada. Não o deixe faltar sem necessidade! Nem mesmo chegar atrasado.
4. Estimule-o a estudar
Filhos estimulados pelos pais a fazer os deveres têm um desempenho melhor. Atenção: estimular não é fazer a lição por ele, mas ajudá-lo a descobrir as respostas por conta própria.
5. Combine um horário de estudo
Combine um horário para os estudos e separe um lugar da casa para isso. Se usar a mesa de refeições, por exemplo, tire o que puder atrapalhar. Ah, não se esqueça de desligar a TV, para que ele se concentre nos deveres.
6. Mostre que estudar é um prazer
Estudar é a única obrigação do seu filho, certo? Mas, e se, além disso, fosse um prazer? Não seria melhor? Compartilhe esse momento. Acompanhe-o, ajude-o a chegar às conclusões sozinho e mostre interesse, mesmo se não souber a resposta certa.
7. Seja paciente
Errar, já diz o ditado, é humano. E faz parte da aprendizagem. Se você tiver certeza de que o seu filho está errando, peça para ele ler novamente as respostas dos exercícios em que tem dificuldade. Nunca, nunca, o chame de burro, de lento, de lerdinho. Cada pessoa tem um tempo para aprender - respeite isso.
8. Confira os cadernos
Olhe os cadernos e as apostilas dele e mostre interesse pelos trabalhos. Ao perceber que ele se dedicou, dê valor. Afinal, este é o trabalho dele nesta fase da vida.
9. Pergunte nas reuniões
Nas reuniões de pais e mestres, pergunte qual conteúdo será desenvolvido em cada matéria. A escola precisa ter um plano curricular, e você e outros pais devem cobrar isso.
10. Converso sobre as notas
Se ele estiver com nota baixa, converse com o professor e veja como pode ajudar. Quanto antes ele começar o reforço escolar, melhor.
11. Garanta o acesso aos livros
Pesquisas mostram que quanto antes as crianças tiverem acesso aos livros, melhor será o desempenho delas na escola, pois a leitura é base para todas as matérias. Atenção: não obrigue seu filho a ler. Estimule-o. A leitura tem de ser um momento de lazer e de prazer.
12. Ler sempre
Leia sempre - é bom para você e excelente para o seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente. Converse com ele sobre o livro, a revista ou o jornal que estiver lendo. Deixe seus livros ao alcance das mãos dele. Livro é para ser lido, não é para enfeitar prateleira.
13. Abuse das bibliotecas
Faça uma ficha para o seu filho na biblioteca mais próxima da sua casa. A maioria dos municípios do Brasil tem bibliotecas públicas e a inscrição é gratuita. Aproveite.
14. Brinque com o seu filho
Muitas brincadeiras são verdadeiros estímulos. Principalmente aquelas que incentivam a leitura, a escrita ou os cálculos. Exemplos de brincadeiras legais: forca, caça-palavras, palavras cruzadas.
15. Seja coerente
Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa. Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia na frente do seu filho.
16. Use dicionário
É importante buscar o significado correto das palavras para aumentar o vocabulário e a capacidade de expressão. Também é bom saber usar a grafia correta. Incentive o seu filho a não usar abreviações no computador.
17. Escreva sempre
Escreva sempre que puder - bilhetes, cartas, e-mails, listas de compras... Pais que utilizam a escrita em casa ajudam na alfabetização dos filhos. Além disso, quem escreve melhor fala melhor!
18. Acompanhe o Ideb
Toda escola pública do país tem uma nota de 0 a 10: o Ideb (índice de Desenvolvimento da Educação Básica). Você encontra a nota da escola do seu filho no educarparacrescer.abril.com.br/nota-da-escola e checa se o colégio tem uma Educação de qualidade.
19. Conheça os professores
É importante conhecer os professores do seu filho e se familiarizar com o ambiente que ele frequenta todos os dias.
20. Valorize o professor
Apoie o trabalho dos professores e mostre que você admira a profissão. Afinal, eles serão os grandes responsáveis pela Educação de seu filho. Pergunte a eles o que será ensinado e como você pode ajudar.
21. Converse com o professor
Converse com o professor do seu filho sempre que possível. Se não concordar com a opinião do professor, fale com ele a sós, e nunca na frente do seu filho. Ensine, sempre, o seu filho a ouvir o professor e respeitá-lo.
22. Engaje-se na escola
Entre para a associação de pais. Não tenha vergonha de apresentar o seu ponto de vista à diretoria e aos professores da escola. Critique, elogie, faça sugestões sempre.
23. Vá às reuniões escolares
É nas reuniões que você conhece a escola a fundo, acompanha o aprendizado, esclarece dúvidas gerais, vê seu filho sob outros pontos de vista... Se não puder ir, chame alguém da família para ir no seu lugar.